EDITORIAL: O AUSENTE DO PMDB

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O ex-senador, ex-ministro e agora deputado federal, Amir Lando (PMDB-RO), não quis votar pela cassação do ex-deputado Natan Donadon, pelo simples motivo: não perder votos no Cone Sul. O PMDB teve apenas dois que não votaram pela cassação de Natan. O deputado federal Asbrúbal Bendes (PMDB-PA) que fez questão de dizer que não votou porque está condenado por corrupção eleitoral, compra de votos. O outro, do PMDB, foi Amir Lando. Correligionários dele dizem que o motivo foi ética. Ética da malandragem? Só se for. Porque passar a mão na cabeça de corrupto é o mesmo que passar a mão no aparelho reprodutor masculino, só cresce.

Amir Lando nos altos dos seus oito mil votos agora é deputado federal de fato e de direito. A deputada federal Marinha Raupp, também do PMDB, nos altos dos seus 100 mil votos,  votou pela cassação de Natan Donadon. Ela não teme perder votos porque ela tem muito e sobrando. Já Amir, teme perder o que não tem. Isso mesmo. Ele não tem votos.  Está tentando pegar carona na finada Transposição, para mostrar trabalho. Os servidores públicos, claro, não engolem esta manobra eleitoreira. A transposição foi (não é mais) a maior fábrica de votos que inventaram. O senador Ivo Cassol (PP) foi eleito no bojo dela. Em 2009 liderou caravana para Brasília levando mais de dois mil servidores para tentar tirar do papel a bendita transposição.  Rendeu votos , mas a transposição não saiu. Hoje, nenhum parlamentar de nossa bancada fala mais em transposição. Só o ausente Amir.