CASO NICOLAS: ADVOGADO DA MATERNIDADE REGINA PACIS AFIRMA QUE HOUVE EQUÍVOCOS NA INVESTIGAÇÃO

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Cândido Ocampo, advogado da Maternidade Regina Pacis e da pediatra Cláudia Gaspar Rech/Marcelo Gladson
Cândido Ocampo, advogado da Maternidade Regina Pacis e da pediatra Cláudia Gaspar Rech/Marcelo Gladson

Cândido Ocampo, advogado da Maternidade Regina Pacis e da pediatra Cláudia Gaspar Rech, afirma que houve equívocos na investigação do caso recém-nascido Nicolas Naitz e nas declarações da cúpula da Polícia Civil durante coletiva realizada na última terça-feira (25)  para esclarecer que o corpo do recém-nascido, que desapareceu no dia 22 de maio deste ano, foi levado por engano do Hospital de Base para ser incinerado na empresa Amazon Fort, em Porto Velho.

Na entrevista coletiva, a Polícia Civil informou que tanto o diretor do Hospital de Base quanto alguns funcionários da referida empresa foram indiciados. Os delegados também informaram que a médica do Hospital e Maternidade Regina Pacis, onde Nicolas faleceu, continuará respondendo por falsidade ideológica por ter elaborado atestado médico com informações inverídicas.

 

Mas, o advogado da Maternidade Regina Pacis e da pediatra Cláudia Gaspar Rech, Cândido Ocampo, especialista em direito médico, disse ao Mais RO que não é verdade que a médica continuará respondendo por crime de falsidade ideológica, vez que o Tribunal de Justiça de Rondônia, em recurso interposto em ação de habeas corpus (processo 0010603-13.2014.822.0501, julgado em 20.11.2014, pela 1ª Câmara Criminal) anulou o indiciamento realizado pela delegada Noelle Caroline Xavier Ribas Leite contra Cláudia Gaspar por entender que não havia qualquer indício de prova que o justificasse, considerando o mesmo “verdadeiro constrangimento ilegal”.

O advogado afirmou, ainda, que desde o início das investigações, em maio deste ano, havia fortes indícios de falta de organização e controle no setor do Hospital de Base que recebe e armazena os corpos, a chamada câmara fria, porém a Polícia Civil direcionou toda sua força contra a Maternidade Regina Pacis e a médica Cláudia Gaspar.

 

As formas como eram realizadas as investigações eram tão truculentas e autoritárias que a médica e uma funcionária da maternidade protocolaram denúncias junto á Corregedoria da Polícia Civil por abuso de autoridade, informou o advogado.

 

“Apenas após a denúncia anônima (porém, pública) de um funcionário da empresa terceirizada de que o corpo do menor poderia ter sido incinerado por equívoco, fato ocorrido em julho, é que a Polícia Civil passou a fazer o óbvio, ou seja, investigar se havia ou não controle de entrada e saída de corpos da câmara fria do Hospital de Base”, disse Cândido Ocampo.

 

 

Fotos e texto Marcelo Gladson